Depois do Festival de Hip Hop da Lusofonia, Luanda concentrou novamente rappers de três países lusófonos num Show onde a ideia principal era comemorar os vinte anos de hip hop em Angola e com cabeça de cartazes artistas estrangeiros, quando os estrangeiros poderiam passar para convidados especiais e os nacionais serem os principais numa mix entre “Nova & Velha Escola” .
O Grande Show anunciado para às 18 horas, começou com animação do grande Dj Wall G numa mistura de rap americano e um pouco de rap angolano mas serviu para poder fazer o publico vibrar e esperar sem muito stress, visto que os artistas só começaram a subir ao palco por volta dás 21 e pouco onde a Bomba na Zona “Dr Pam” foi o primeiro que vi actuar depois de ter entrado.
Já dentro do recinto viu-se um palco bem montado, um camarim triste, pouco publico e o que mais chamou atenção na “Grande Fraca Organização” ou “desorganização” foi a péssima qualidade de som que provocou um zumbido aos meus ouvidos até pelo menos às 13 horas do dia seguinte.
No decorrer do Show, depois da boa performance de Dr. Pam, tivemos bons momentos com Abdiel & RapAses, Reptile & Raiva, Fly Skuad com musica nova que quase não se percebeu nada devido a fraca qualidade do som, Ready Neutro e Extremo Signo foram os mais aplaudidos depois de Halloween e poderão mostrar que estavam mesmo na área deles de Jurisdição com a SquarMoff Gang.
Hora dos cabeças de cartaz subirem ao palco, chamaram pela G-Pro, grupo desconhecido para maior parte do público não rapper. Já em palco G-Pro (2 Caras, G2 e Trez Agah) droparam musicas (Punshiline, Presidencia Aberta, Charles, karaboss remix e outras) bastante conhecidas pelos rappers angolanos e pessoas directamente ligadas a esse estilo e mesmo sem conhecer a plateia vibrou e aplaudiu em alguns momentos principalmente pela grande performance e energia que Duas Caras passou para o público.
O mais esperado da plateia (Halloween e Kriminal família) foi também o mais mal «comportado», não pelo conteúdo das musicas que todo mundo conhece e gosta mas pelas actitudes em palco dando cabo das colunas e da sua Kriminal Família que deixou alguns artistas nada acomodados no camarim que preferiram mesmo abandonar para evitar dissabores (G-Pro & Dr. Pam). No que toca as colunas de som, Halloween estava super irritado devido a péssima qualidade de som que segundo ele acaba por manchar a performance dos artistas que não se fazem compreender e desmoraliza o público que paga para ouvir boa musica e mensagens, publico esse que foi abandonando o recinto mesmo antes de Halloween ter terminado a sua performance.
Como pioneiros desses 20 anos de Hip Hop, marcaram presença e foram homenageados em palco nomes como Kool Klever & DJ Samurai, pioneiros desse hip hop angolano e que dispensam quaisquer apresentações.
Diante de tantas falhas fica difícil realçar, mas como nota positiva tivemos: os passes de imprensa cedido aos bloggers e os momentos altos com Extremo Signo e Ready Neutro em palco. A título de curiosidade, tirando Fly Skuad, Halloween, Dr. Pam e G-Pro outra metade dos artistas só dropou sons de mixtape com beats americanos, o que é caso pra dizer que os produtores estão a perder terreno e por ultimo, de Hip Hop faltou muita coisa, tivemos apenas o elemento Rap e alguns Dj’s acompanhando os seus artista (Samurai, Nkkappa e Pirline).
É apenas um ponto de vista e por isso espero não ser mal interpretado, pelas pessoas citadas, pela equipa que produziu o espetáculo (Toka do Bandido) que deixou os artistas estrangeiros atirados a sua sorte no Hotel/Residencial e outros…não é minha intenção ofender ninguém e caso tenha feito, peço desculpas.
Fotos: Tuly Mong, Adérito José, Edivaldo dos Santos e Kratos
Não tem de pedir desculpas, foi uma critica honesta e limpa, tiveste la e deixaste o teu ponto de vista. As pessoas tem de parar de lidar mal com as criticas (negativas) e tentar tirar partido dessas mesmas criticas para evoluirem.one
ResponderEliminarOBS: o artigo esta excelente!