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1 de outubro de 2011

Direito de resposta: Matafrakuxz retorque acusações

Lisboa - Gostaria de começar por agradecer o cantinho de graça na vossa primeira página, a cortesia de me tratarem por “angolano-português” ao invés de “luso-angolano” e ainda a escolha de fotografia tão favorável da minha agredida pessoa, contrariando a imagem de arruaceiro alucinado que tem sido promovida por artigos igualmente difamatórios.

Dirigida ao Semanário Angolense
Não irei perder tempo a dar satisfações sobre as razões que me trazem a Portugal. Prefiro antes usar o meu direito de resposta, assinalando as inconsistências grosseiras nesta peça de jornalismo duvidoso, ou antes, desta encomenda mal executada.

Usar o argumento da dupla nacionalidade para dar a entender que, quem a tem, só consegue ser Angolano por metade, é um tiro no pé. No do jornalista e no de Isabel dos Santos, Tchizé dos Santos e Aristides Safeca, entre dezenas de outros ilustres, que têm, pelo menos, a dupla nacionalidade.

Usar o termo “exílio” num artigo que me apresenta como cidadão com nacionalidade do país para onde fui, é um erro de português.

Dizer que sou o lider de um grupo é novo erro jornalístico. Nunca aceitei nem reivindiquei para mim tal posição, nem tampouco reconheço nos meus camaradas a secundarização que lhes reservam, tratando-os por “seguidores”. Éramos 13 + 4 jornalistas na meia noite de 7 de Março. Esses 13 sabem exactamente o que me trouxe cá. O facto de não se mencionar o nome do suposto entrevistado descontente, evidencia a inconsistência comum neste tipo de artigos difamatórios: o anonimato. De todos os que escrevem e dos que falam. Nada existe. É o jornalismo fantoche a brincar com vidas de cidadãos Angolanos.

Passar metade da encomenda a sublinhar que eu “alego” ter sido agredido, que “alego” ser alvo de ameaças de morte para, no fim, concluir que a DPIC encontrou os jovens que ADMITEM ter praticado esses actos de violência por iniciativa própria, tornando tudo que o “alego” em “factos”, é outro tiro no pé do “jornalista” e uma boa notícia para mim. Afinal fez-se justiça. O que ”alego” é um facto provado pelas autoridades. Fui agredido e ameaçado. Registo porém, com estranheza, o facto de que nem eu nem a minha família, tenhamos sido contactados pelo Inspector responsável. Fica por esclarecer se o caso foi realmente fechado e quais as suas consequências.

Desafio todos os jornalistas comprometidos moral e eticamente com a sua profissão, tão necessária a uma democracia desejada, a tirarem a limpo esta situação junto da DPIC.
Para isso facilito todos os dados:
PROC NUM: 2009/11
INSPETOR RESPONSÁVEL: Inspetor João Manuel da 6ª Esquadra.
Facilito ainda o meu contacto para que de futuro, e sempre que tiverem uma duvida sobre o cidadão Luaty da Beirão ou o artista Ikonoklasta, não hesitem em contactar-me pelo email : ikonoklasta@musician.org
C/C jornais da concorrência e jornalistas sem aspas
Caros compatriotas "jornalistas",
Parece que preferiram ignorar o meu primeiro email onde vos solicito pronunciamento sobre a publicação ou não de um texto que corresponde ao meu direito de resposta, referente à matéria difamatória e apócrifa que denigre o meu bom nome na vossa tiragem nº 428, com destaque na página 1 e desenvolvimento na página 12. Ainda assim, insisto em enviarvo-lo pois fui educado a dar sempre pelo menos uma segunda oportunidade às pessoas para que desconstruam a má figura que poderá ficar de uma primeira impressão.

No entanto, desta vez envio este email com conhecimento de outras entidades e individualidades para que, também eles, sejam testemunhas das diligências que meti em marcha na tentativa de resolvermos esta "querela" dentro de um espírito pautado pelo civismo e, sobretudo, pela lei.
Caso este texto não seja publicado na vossa próxima tiragem, ele encontrará outros veículos para transitar e o único que terá a perder com isso será o vosso jornal, que fará a bruta figura de intrujão e de uma série de "antis": anti-ético, anti-profissional e anti-democrático. A escolha é vossa.
Saudações,
Luaty Beirão

Fonte: Cub K

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